segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Respeito Divino

João 21:17
Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu- se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu- lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas.
Pedro negara a Jesus da forma mais angustiante. O último contato entre Pedro e o Cristo fora logo após o canto do galo. A profecia se cumprira: antes do galo cantar, Pedro negara, três vezes, conhecer ao Cristo; e quando o galo cantou os olhares de Pedro e do Cristo se encontraram... Nada mais restava a Pedro, senão sair para chorar.
Quando as mulheres, no domingo da ressurreição, foram ao túmulo para embalsamar o corpo de Jesus, encontraram o Anjo, que, após comunicar a ressurreição do Cristo, transmitiu-lhes a missão de comunicar aos discípulos e a Pedro, que o Cristo os encontraria na Galiléia.
Ao orientar ao Anjo que nominasse a Pedro, Jesus comunicou-lhe que fora perdoado e reincluso no colégio dos alunos do Cristo. Estava de volta ao time!
Galiléia dos gentios... Jesus reencontra Pedro. Primeiro, comeram, sempre um momento de descontração, ainda que estivessem diante do numinoso manifesto em carne, o que sempre silencia quem quer que seja. O mistério, quanto mais maravilhoso, mais impõe o pausa da reverência. E, então, começa um diálogo inusitado que não surpreende pelo constrangimento natural, mas pelo conteúdo.
Jesus tem a conversa esperada com seu aluno renegado, mas, para surpresa geral e particular, não toca no assunto. Não inquire sobre os motivos de tal abjeto ato, que, ademais, lhe havia sido avisado com antecedência; não questiona o porquê de não ter pedido ajuda quando teve oportunidade, nem pronuncia o temerário: "eu não lhe disse?".
Jesus, o Cristo, respeita o arrependimento de Pedro. O Messias quer, apenas, saber se a base para a retomada de qualquer relacionamento continua presente no coração do aprendiz. Se Pedro ainda o amava.
O mais triste no pecado é perceber que, ainda que por um momento, um amor consumido pelo egoísmo traiu o amor que sustenta vida, o amor por aquele que, na essência, é amado mais que a própria vida.
Arrepender-se é voltar consternado ao amor que, abandonar leva à perda do sentido da existência. Esse retorno tem de ser respeitado!
Nada mais angustiante do que o desrespeito ao arrependido. Nada mais terrível do que erro já confessado continuar a ser o assunto de rodas de pretensos irmãos. Nada mais aviltante do que pessoas a quem foi pedido perdão, principalmente, se mentores, ficarem a espalhar o que lhes foi dito no lugar sagrado da confissão.
A condicão indispensável para se sustentar a sinceridade do perdão ou do amor é o respeito ao arrependimento. Logo, o respeito ao arrependido. A maneira de respeitar o arrependido é o silêncio que dá lugar ao amor. O arrependimento é fruto de dor que o perdão deveria consolar.
Jesus acreditou em Pedro e lhe devolveu a honra, devolveu-lhe as chaves do Reino. O Cristo sempre faz assim quando perdoa!
E o surpreendente, tendo como base o cristão moderno, é que os demais apóstolos nunca questionaram o ato do Cristo. Ninguém saiu a contestar Pedro ou a reinvidicar para si as chaves pelo Senhor devolvidas. Ninguém nunca mais tocou no assunto. Não há pecado onde Deus não imputa pecado. O arrependimento tem de ser respeitado. Pedro voltou a ser digno de confiança como o deve ser quem quer que tenha se arrependido.

Escrito por, ARIOVALDO RAMOS
Retirado do Blog: http://ariovaldoramosblog.blogspot.com/

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O Perfeito Amor Lança Fora Todo Medo

Na última semana participei do lançamento do livro; Meninos de Deus – um olhar para o caminho. O livro foi criado como culminância de um projeto chamado Rota da Paz. Os jovens escritores carregam consigo o estigma de serem infratores, mesmo que alguns nunca tenham cometido uma infração, e por isso não mereciam confiança, nem respeito. A idéia do livro era que a comunidade a partir daquele momento pudesse ver esses jovens com outro olhar, que transparecesse respeito e confiança.

Na hora da fala do idealizador do grupo, me perguntei o que leva uma pessoa a perder o medo da violência e enfrentar traficantes e gangues, para que assim jovens pudessem abandonar o caminho das drogas, assaltos e voltarem a serem respeitados em sua comunidade e famílias? Só uma resposta caberia. Tudo isso foi por amor. Um perfeito amor que não negou o medo da violência, mas soube superá-la a permitir que outros também conseguissem.

O autor de I João fala desse perfeito amor que supera os medos. Para ele, qualquer confissão na pessoa de Deus, deve está personalidade nas relações humanas. Quando ele diz “amem uns aos outros” (4.7), não está fazendo um pedido, mas dando um aviso: “Se vocês realmente pertencem a Deus, o amor aos seus irmãos será a prova disso”.

Nessas relações humanas, esse temor que representa o medo é a deixado de lado, pois ele implica em castigo, amedrontamento, ameaça e intimidação. E onde predominam esses fatores, o amor é colocado em segundo plano, a vida começa a perder o seu valor.

A lição que podemos tirar dessa história e que superaremos a violência quando deixarmos que o perfeito amor tome conta de nossas vidas. Quando nossas relações não forem regidas mais pela ameaça, orgulho ou qualquer forma de escravizar o homem e a mulher. É necessário aprendermos que a violência não está somente no outro, mas também está em mim, e precisa ser controlada pela força do amor. Jesus superou a violência contra ele amando: “Pai perdoa está gente! Eles não sabem o que estão fazendo.” (Lucas 23.34). Talvez, esse fosse o indicio de como deveríamos nos comportar diante dos medos que temos em nossos dias. Um indicio que é necessário amar, e amando, permitir que o Reino de Deus esteja entre nós, para que seus meninos e meninas sejam felizes.


Escrito por RÉGIS PEREIRA.
Extraído do:http://www.regispereira.blogspot.com/

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Deus viu que era bom!


Eu aprendi olhando o pôr do sol
Que o dia se despede com acenos cor de crepúsculo
Com promessa de que voltará trazendo consigo uma porção de renovo
A um coração que vê o surgir da escuridão,
que também tem seus traços de beleza.

Beleza essa que se torna invisível aos olhos da angústia,
Pois ela é pessimista demais para perceber os pontos,
Pontos de beleza no breu da escuridão azul.

Mas ela está brilhando e brilhando,
Às vezes se movendo rapidamente como
discretamente querendo chamar atenção.

O dia nasce com proposta de misericórdia
Cumprindo o que havia prometido:
Renovo, tranqüilidade, esperança...

Os olhos já não podem ter mais desculpas
Para deixar de enxergar a beleza
Apesar de ela sempre estar aí,
Pois a própria vida é bela.

E Deus viu que era bom!
Por ROBSON BARROS